
Em e-mail enviado ao corpo docente de Harvard, na sexta-feira, o decano da Faculdade de Artes e Ciências (FAS, em inglês) da universidade, Michael Smith, afirmou que Hauser foi considerado culpado.
“Após revisão cuidadosa do relatório do comitê de investigação e das oportunidades para que o professor Hauser o respondesse, eu aceitei as conclusões do comitê e imediatamente comecei cumprir nossas obrigações com as agências financiadoras e com a comunidade científica, além de impor as sanções apropriadas” disse Smith na mensagem.
Alegando questões de confidencialidade, porém, o decano não revelou qual será a pena do cientista.
Nesses casos, as sanções aplicáveis vão desde a demissão até a restrição para captar financiamentos de pesquisa. A universidade também pode obrigar o pesquisador a ter “supervisão adicional” em seu laboratório.
Os problemas de Hauser podem ser mais sérios do que as restrições de Harvard. Em sua declaração, o decano afirma que órgãos do governo americano também estão investigando a questão.
Horas após o pronunciamento de Harvard, Hauser quebrou o silêncio e se manifestou. Em entrevista ao “The New York Times”, ele afirma que cometeu erros e se diz “profundamente arrependido” pelos problemas que causou aos estudantes, aos colegas e à universidade.
ESCÂNDALO
As dúvidas quanto à seriedade do trabalho do biólogo começaram a ser divulgadas aos poucos, há duas semanas.
A situação do pesquisador se complicou quando o jornal ‘Chronicle of Higher Education’, dos Estados Unidos, teve acesso a e-mails e documentos comprometedores, divulgados por um ex-assistente de pesquisa, que exigiu anonimato.
As mensagens mostram Hauser irritado e impaciente com os questionamentos e dúvidas de seus colaboradores.
Fonte: Folha Online