
Neste 8 de março, data em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, o CRBio-04 presta uma homenagem a todas as biólogas exaltando as realizações de grandes pesquisadoras no campo das Ciências Biológicas. Conheça um pouquinho mais sobre cada uma delas:
Rosalind Franklin
(1920-1958)
Rosalind foi uma biofísica britânica, pioneira da biologia molecular. Em 1952, trabalhando no King’s College de Londres, a pesquisadora obteve com raio-X ótimas imagens de DNA, em especial uma que ficou conhecida como “fotografia 51”. As imagens ficaram guardadas com Rosalind por alguns meses, sem que ela chegasse a alguma conclusão sobre o modelo da cadeia. Sem que tivesse ciência, as imagens foram então compartilhadas com dois pesquisadores de Cambridge: Francis Crick e James Watson, que publicaram o famoso estudo sobre a dupla hélice. O reconhecimento do seu papel fundamental na descoberta só veio anos mais tarde.
Lynn Margulis
(1938-2011)
O conhecimento que se tem sobre desenvolvimento celular pode ser dividido em antes e depois de Lynn Margulis. Foi a bióloga americana, na década de 1960, a responsável pela formulação da teoria endossimbiótica, que revolucionou a compreensão existente até então. Segundo a teoria, as mitocôndrias e os cloroplastos das células eucariontes teriam sido organismos procariontes de vida livre, englobados por células maiores. As mitocôndrias seriam o resultado da endocitose de procariontes aeróbios e os cloroplastos de procariontes fotossintetizantes. Desta forma, forneceriam energia à célula hospedeira, enquanto esta os protegeria do meio externo.
Barbara McClintock
(1902-1992)
Barbara McClintock é considerada, ao lado de Gregor Mendel e Thomas Hunt Morgan, uma das mais importantes cientistas do campo da genética. Recebeu o Nobel de Medicina em 1983 pela descoberta dos elementos genéticos móveis: ela demonstrou que dois elementos do genoma denominados de Dissociador ( Ds ) e Ativador ( Ac ) podiam trocar de posição nos cromossomos do milho. Atualmente crê-se que a transposição descrita por McClintock está envolvida com a evolução dos organismos.
Rachel Carson
(1907-1964)
O dicloro-difenil-tricloroetano (o inseticida DDT) começou a ser empregado na década de 1930 no combate a insetos transmissores de doenças como tifo e malária. Após a Segunda Guerra, passou também a ser utilizado na agricultura. Rachel Carson estudou o composto e seus efeitos por quatro anos e lançou, em 1962, o livro Primavera Silenciosa. Na obra a bióloga apontou que o DDT, além das pragas, atingia todo o ecossistema, matando espécies, contaminando águas e solo, afetando a reprodução de animais e podendo até causar câncer. Hoje, o DDT está banido de vários países e a Convenção de Estocolmo sobre Poluentes Orgânicos Persistentes, assinada por cerca de 180 países, restringe seu uso a casos especiais de controle de vetores de doenças.