O mérito foi conquistado pela sugestão da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, de que o texto que altera o Código Florestal Brasileiro, prestes a ser votado no Senado, pode ajudar o Brasil a chegar à meta de redução dos gases de Efeito Estufa em nível global. Os ativistas ambientais convidaram a ministra, que não está na conferência, para ir até Durban explicar como as emissões de gases-estufa podem ser reduzidas com o corte de árvores.
“O código florestal, como apresentado agora, é um instrumento que vai ajudar o Brasil a cumprir seus compromissos (de reduzir o desmatamento)”, disse André Corrêa do Lago, negociador-chefe climático da delegação brasileira, repercutindo as palavras da ministra durante rodada de negociações em Durban, África do Sul.
A destruição de florestas, amplamente causada para criação de gado ou outras atividades rurais, é uma grande fonte de emissões de carbono, que contribui para o aquecimento global. Destruição esta, potencializada pelo texto que flexibiliza o Código, uma vez que a nova lei reduziria alguns percentuais de florestas que produtores rurais devem preservar, relaxaria a conservação de matas em encostas e daria anistia parcial sobre pesadas multas por desmatamento no passado.
De acordo com ambientalistas, o projeto de lei, baseado em interesses econômicos do influente lobby ruralista no Brasil, atrasará o recente progresso feito sobre a redução da destruição da maior floresta do mundo, a Amazônia. O Greenpeace alertou que uma área do tamanho da Suécia pode ser perdida como resultado da aprovação.
Vários setores da sociedade apelam para que Dilma não sancione a lei. Durante sua campanha no ano passado, a presidente prometeu manter o comprometimento de barrar qualquer texto que representasse mais desmatamento no país.
Fonte: AMDA