O biólogo Rafael Dias Loyola, da Universidade Federal de Goiás, conhece bem a necessidade de bons modelos para contornar a falta de dados e fundos para a conservação da biodiversidade. Ele publicou recentemente um trabalho na revista científica PLoS One em que propõe um atalho para a definição de unidades de conservação.
O princípio é simples: em vez de realizar um inventário exaustivo da distribuição das espécies para descobrir onde criar unidades de conservação com a maior diversidade possível – algo impraticável -, vale a pena identificar um grupo de “espécies indicadoras”: quando parques são criados para proteger esses animais, o maior número possível de outras espécies são automaticamente preservadas da extinção.
Loyola e Joaquim Trindade Filho, coautor do artigo, fizeram uma lista para o Cerrado e a Mata Atlântica. Viram que roedores, morcegos e primatas de distribuição restrita são ótimos candidatos para indicar onde criar unidades de conservação.
Fonte: Jornal Estado de São Paulo