Há quem diga que somos curiosos, xeretas ao máximo da xeretice inventiva e instigante. Há quem nos afirme cientistas por excelência, em cujo corpo e a mente se banham e se nutrem das maravilhas da ciência. Há os que nos condenam aventureiros, gente sem pouso e sem rumo, que vaga ao sabor dos ventos, das chuvas, da emoção. Há quem nos critique insanos, por defendermos nossos pontos de vista, nossas descobertas e achados, com a força vibrante da alma que não pede aplausos e nem reverências, mas deixa no ar o peso intrigante da dúvida. Há quem nos considere desconsiderantes para a vida, as profissões, a modernidade; talvez, porque não nos conheçam em profundidade ou se amedrontem diante de nossas asas.
Sim! Somos Biólogos (a) no que há de mais intrínseco em nosso DNA (ácido desoxirribonucléico). Não creio que somente a escolha voluntária tenha nos colocado neste caminho; ela sozinha não seria capaz de sustentar a envergadura de vôos tão altos e plenos. Fomos primeiro escolhidos, garimpados na batida da bateia, como se escolhem as pedras preciosas. Refletimos uma aura invisivelmente brilhante, que jorra de nossa essência o barro forte que nos molda aos desafios. Enxergamos e entendemos a vida muito além das doutrinas, das teorias, dos conceitos, das experiências e escritos; captamos sua tradução na retina da alma, no pulsar do coração.
Somos soldados altaneiros em grande missão, dispostos a servir, a se desdobrar, a evoluir em favor da vida. Tudo nos encanta e nos compeli a doar nossa proteção, nossa sabedoria, nosso tempo. Quase nos transformamos em um Exército de Salvação e Esperança para o planeta.
É certo que cada um presente sobre a Terra tem seu papel, sua importância, seus deveres e suas responsabilidades; mas, coube ao Biólogo (a) guardar a chama da vida. Graças a sua formação multifacetada, o (a) Biólogo (a) caminha com desenvoltura pelos caminhos do saber e desempenha orientação decisiva nas tomadas de grandes decisões. Onde há um (a) Biólogo (a) há sem dúvida um elo mais forte entre o universo e os seres humanos, a luz cálida a iluminar a perspectiva de novos amanhãs.
Publicação: www.paralerepensar.com.br – 31/08/2009