A expectativa é grande em Lagoa Santa, diz o chefe do setor municipal de patrimônio turístico e cultural, Roberty Lauar: “O nosso desejo é de que, já em 25 de maio de 2010, quando vamos lembrar os 130 anos da morte do ‘pai da paleontologia brasileira’, as peças possam ser vistas num centro de exposição e receptivo turístico. Ele deverá ser construído, numa parceria da prefeitura e governo do estado, ao lado da Gruta da Lapinha, um dos sítios estudados por Lund”. Ele destaca que o mais importante desse acervo é ter a impressão digital do paleontólogo, que viveu na região durante 40 anos e está sepultado em Lagoa Santa. De acordo com informações da Semad, a construção do receptivo ainda está em fase de concepção e planejamento.
A idéia, segundo o chefe municipal do patrimônio, é de que o acervo exposto na Dinamarca seja enviado para Minas, num sistema de comodato, por um período de 30 anos. As peças, que incluem ossadas (humanas e de animais) de milhares de anos foram, gradativamente, desapachadas por Lund para Copenhague, ao lado de mobiliário, como escrivaninhas. “O cônsul Jens Olesen já conversou com as autoridades dinamarquesas, inclusive com o ministro da Cultura. Eles aceitaram fazer a transferência, mas precisamos de um local adequado para receber os fósseis”, afirma Lauar. Esta seria, disse, a primeira vez que tal acervo viria para o Brasil.
Enquanto as peças não chegam, Lagoa Santa vai ganhar um presente, enviado pela Dinamarca. Trata-se de um monumento de 1,90m de altura, em mármore italiano, pesando uma tonelada e esculpido pelo artista Jesper Neegaard. A homenagem vai ficar ao lado do túmulo de Lund, no Centro de Lagoa Santa, sendo inaugurada em 25 de maio próximo.
Fonte: Estado de Minas