A equipe de pesquisadores da Academia de Ciências da China explica nesta quarta-feira (22), em artigo na revista científica “Nature”, que a descoberta traz mais complexidade à história da evolução dos dinossauros para as aves e dá suporte à hipótese que a transição aconteceu a partir dos terópodes.
Em uma linguagem pouco comum para uma publicação científica, os chineses reconhecem que o dinossauro era “raro”. O animal era um parente distante do Tiranossauro Rex, mas não era maior que um gato.
Este animal, do tamanho de uma pomba e que pesava cerca de 160 gramas, viveu pouco antes que o Archaeopteryx, considerado a ave mais antiga do mundo.
Muitas das características do dinossauro são as de uma ave, como dois pares de penas muito longas, com o aspecto de laços que nasciam de sua pequena cauda.
Os cientistas, liderados por Fucheng Zhang, indicam, no entanto, que o Epidexipteryx hui não podia voar, pois tinha penas no contorno das extremidades.
Os cientistas afirmam que a plumagem pouco comum era um adorno que servia para atrair o sexo oposto. Assim como o pavão real, que movimenta a cauda para atrair a fêmea, o dinossauro provavelmente mostrava as penas para cortejar a escolhida.
O nome Epidexipteryx Hui provém de um composto grego que significa ‘desdobramento de penas’ e de Yaoming Hui, 42, um paleontólogo chinês morto em abril deste ano, depois de uma longa doença.
Fonte: Efe e France Presse